O tratamento da obesidade se tornou um dos mais importantes nos dias atuais, visto que o excesso de peso está associado ao aumento da mortalidade em até 12 vezes na faixa etária de pessoas entre 25 a 34 anos e 6 vezes em pessoas entre 35 a 44 anos.
Dessa forma, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a obesidade uma doença grave, epidêmica, crônica e multifatorial, que se desenvolve também por problemas sociais, psicológicos e econômicos, agravando outros tipos de patologias e colocando a vida do indivíduo em risco.
Considerando a seriedade e risco que o excesso de peso representa na saúde e qualidade de vida dos pacientes, separamos, no conteúdo de hoje, mais informações sobre essa condição, assim como o tratamento da obesidade. Não perca!
Obesidade e mortalidade
Atualmente, a obesidade é considerada a segunda causa de morte evitável, ficando atrás somente dos acidentes de trânsito. O risco de desenvolvimento da diabetes em pessoas obesas é 10 vezes maior e para hipertensão 3 vezes maior. Além disso, para cada quilo acima do valor ideal, aumenta-se em 3,1% o risco para as cardiopatias.
A obesidade é a doença mais frequente e presente na vida da população. No mundo, mais de 40% das pessoas estão acima do peso normal, aumentando a necessidade do tratamento da obesidade para evitar outros riscos que essa doença pode causar.
Causas da obesidade
As causas da obesidade variam entre diferentes fatores. Entre eles estão aspectos genéticos, fatores emocionais e psicológicos, e fatores culturais e sociais. Além disso, as principais causas da obesidade são hábitos alimentares, alterações genéticas e sedentarismo.
Tipos de obesidade
A obesidade pode variar de acordo com a localização e distribuição de gordura presente no corpo. Assim, ela é classificada em 3 tipos, com cada um deles afetando a saúde de uma forma diferente, mas igualmente preocupantes.
Obesidade abdominal - A obesidade abdominal é conhecida como androide, central ou em forma de maçã. Nesse tipo, a gordura é depositada principalmente na cintura e abdômen, sendo também distribuída por peito e rosto. Esse tipo é mais comum entre homens, e aumenta o risco para doenças cardiovasculares, diabetes 2, distúrbios do sono, infarto, inflamação e trombose.
Obesidade periférica - Já a obesidade periférica pode ser identificada como ginóide ou forma de pêra. Mais comum entre mulheres, está relacionada com o perfil estrogênio (hormônio feminino). Neste tipo a gordura é localizada na região de coxas, nádegas e quadris.
Essa condição pode estar associada a problemas circulatórios, como insuficiência venosa e varizes, além de osteoartrites no joelho, devido à sobrecarga em articulações. Riscos como os citados na obesidade abdominal também podem estar presentes.
Obesidade homogênea - A obesidade homogênea é a que costuma demorar mais para causar preocupações no paciente, visto que não gera grande impacto em sua aparência física. Contudo, apresenta graves consequências à saúde, assim como a abdominal e periférica.
Classificação da obesidade pelo IMC
A identificação de uma pessoa obesa é feita, na maioria das vezes, por meio do índice de massa corpórea (IMC). O cálculo analisa o peso apresentado em relação à sua altura. Por meio da fórmula — peso/altura x altura)—, é possível obter a classificação entre:
- Peso normal: IMC entre 18.0 a 24,9 kg/m2
- Sobrepeso: IMC entre 25.0 a 29,9kg/m2
- Obesidade grau 1: IMC entre 30.0 – 34.9 kg/m2;
- Grau 2: IMC entre 35.0 – 39.9 kg/m2;
- Obesidade grau 3 / obesidade mórbida: IMC igual ou superior a 40 kg/m2.
Diagnóstico da obesidade
O diagnóstico é uma das principais formas de garantir o adequado tratamento da obesidade. Atualmente, ele é dividido em clínico, por meio do IMC, inspeção e exame físico, e avaliação por meio de exames de imagem.
Avaliação da Massa gordurosa e distribuição de gordura
A medição da espessura das pregas cutâneas utilizada como indicador de obesidade, pois existe uma relação entre a gordura localizada nos depósitos debaixo da pele
Por: Fabiola Aoki | Fonte: Medicina Dia a Dia
