A balanite é um tipo de infecção que se manifesta na glande do pênis. Quando essa infecção também afeta o prepúcio, a pele que cobre o órgão, é denominada balanopostite. No entanto, a balanite pode afetar tanto homens que foram circuncidados quanto aqueles que não passaram por esse procedimento, embora seja mais frequente no segundo grupo. A balanopostite, por sua vez, ocorre exclusivamente em homens não circuncidados.
Estima-se que um em cada 25 meninos tenha esse problema de saúde no decorrer da vida. Ela é bastante recorrente na infância, entre meninos abaixo dos 4 anos de idade e entre indivíduos adultos com fimose.
O que causa a balanite?
Embora não haja uma causa diretamente atribuída à balanite, os médicos identificam que certos fatores de risco podem contribuir para o desenvolvimento da infecção. A falta de higiene adequada na região é o principal fator de risco, juntamente com a presença do prepúcio e o contato sexual com um parceiro infectado.
Adicionalmente, pacientes com obesidade mórbida, diabetes descontrolada, sensibilidade a agentes químicos como sabonetes e lubrificantes, ou condições edematosas também estão incluídos no grupo de risco.
Como saber se você tem balanite?
A condição costuma deixar alguns sintomas visíveis aos próprios pacientes, por exemplo, pele esticada e brilhante na região da glande, vermelhidão local, inflamação, dores, coceira, secreção espessa sob o prepúcio, mau odor e feridas.
Ao sentir qualquer um desses sintomas, é necessário procurar um urologista. O profissional fará exames clínicos, com base no histórico individual do paciente, além de testes de cultura bacteriana, para identificar o agente infeccioso.
Qual a diferença entre balanite e candidíase?
Durante o diagnóstico, o exame clínico pode apontar infecção por Candida albicans, que é o fungo responsável pela candidíase. Isso faz com que muitos pacientes confundam as duas condições.
Porém, a candidíase nada mais é do que um tipo de balanite, ou seja, quando o pênis infectado pelo fungo da candidíase passa a ter complicações na glande, a condição pode ser caracterizada como uma balanite.
Mas vale ressaltar que nem toda balanite é uma candidíase, uma vez que existem outros microrganismos capazes de infectar a região íntima sem serem fungos.
O que é bom para curar a balanite?
Para indivíduos que enfrentam esse problema de saúde, é crucial manter uma higiene adequada do pênis diariamente. Isso envolve suavemente retrair o prepúcio e lavar a região com água morna, seguida de uma secagem delicada. Evite o uso de sabonetes líquidos e lenços umedecidos.
Além disso, é importante lavar as mãos após usar o banheiro para prevenir a transmissão por contato. Durante as relações sexuais, o uso de preservativos especialmente concebidos para pele sensível é recomendado.
Em certos tratamentos, pode ser aconselhável o uso de antifúngicos tópicos por uma a três semanas, conforme prescrição médica. Em situações mais graves, medicamentos orais e esteroides tópicos de baixa potência podem ser recomendados. Isso é especialmente relevante quando se investigam possíveis condições associadas, como diabetes mellitus.
No caso de balanite recorrente, a cirurgia de circuncisão pode ser considerada. Em algumas situações, a balanite pode ser decorrente de uma IST (infecção sexualmente transmissível) — nesses casos, as pessoas que tiveram contato sexual com o indivíduo infectado também devem procurar avaliação médica.
Revisão técnica: Erica M. Zeni*
*Médica da Unidade de Pronto Atendimento do Hospital Israelita Albert Einstein
Fonte: Vida Saudável