A coqueluche está de volta

Veja como identificar os sintomas, quando procurar ajuda médica e a importância da vacinação para prevenir essa doença


Foto: Freepik

Nos últimos meses, o Brasil tem visto um aumento significativo nos casos de uma doença respiratória altamente contagiosa que muitos pensaram que havia ficado no passado: a coqueluche.

Em junho, o Ministério da Saúde emitiu uma nota destacando a ocorrência de surtos da doença em países da Ásia e Europa e recomendou a ampliação e intensificação da vacinação contra a coqueluche, além do fortalecimento das ações de vigilância epidemiológica da doença no Brasil.

"A coqueluche é mais comum do que as pessoas imaginam. Mas, como os sintomas são parecidos com os da gripe, o problema acaba recebendo menos atenção do que deveria", explicou a pediatra Luíza Helena em entrevista anterior ao MinhaVida.

A seguir, confira mais detalhes sobre o comunicado do Ministério da Saúde, o que é a coqueluche, os principais sintomas que indicam a doença, tratamentos e os primeiros sinais que apontam a necessidade de procurar ajuda médica.

Comunicado sobre a doença

Recentemente, o Ministério da Saúde emitiu uma nota técnica alertando sobre o aumento dos casos de coqueluche na Ásia e Europa, recomendando a ampliação da vacinação contra a doença no Brasil, que tem se espalhado de forma preocupante, especialmente entre crianças e adolescentes.

Dados recentes do MS mostram que a incidência da doença cresceu em comparação ao mesmo período do ano passado e esse aumento pode estar relacionado à queda na cobertura vacinal. 

O Ministério da Saúde também emitiu uma nota destacando a ocorrência de surtos da doença em países da Ásia e Europa e recomendou a ampliação e intensificação da vacinação contra a coqueluche, além do fortalecimento das ações de vigilância epidemiológica da doença no Brasil.

"A coqueluche é mais comum do que as pessoas imaginam. Mas, como os sintomas são parecidos com os da gripe, o problema acaba recebendo menos atenção do que deveria", explicou a pediatra Luíza Helena em entrevista anterior ao MinhaVida.

Dados recentes do MS mostram que a incidência da doença cresceu em comparação ao mesmo período do ano passado e esse aumento pode estar relacionado à queda na cobertura vacinal. 

“Temos notado um aumento importante no número de casos de coqueluche, principalmente em crianças e adolescentes de 10 a 19 anos. Por isso, reforçamos a necessidade de o público-alvo ser vacinado com todas as doses de reforço para garantir a imunização necessária contra a doença”, destacou a secretária de saúde do Rio de Janeiro Cláudia Mello em um comunicado à imprensa.

Sintomas da coqueluche

Os sinais iniciais da coqueluche são leves e se assemelham aos de um resfriado comum, durando de uma a duas semanas. Nesse período, a tosse é suave, mas logo se intensifica, causando espasmos respiratórios. Esses espasmos são frequentemente acompanhados por vômitos, tosse súbita e incontrolável, que ocorre rapidamente após uma inspiração.

Na fase seguinte, os sintomas começam a diminuir, um processo que pode levar de duas a três semanas, mas que muitas vezes pode se estender por meses. 

Por outro lado, esses sinais acabam sendo extremamente perigosos para recém-nascidos e crianças com menos de um ano. "O corpo de um recém-nascido é muito delicado, e a tosse intensa provocada pela coqueluche pode romper vários vasos sanguíneos, causando hemorragias e, em casos mais graves, podendo levar ao óbito", alertou a pediatra Luíza Helena em entrevista anterior ao MinhaVida.

Por isso, se você notar esses sintomas por mais de 3 dias, leve a criança o quanto antes para atendimento com o pediatra ou no pronto-socorro.

Tratamentos disponíveis para a coqueluche

O tratamento para a coqueluche se baseia no uso de antibióticos para eliminar as bactérias do organismo. Dentre os medicamentos mais indicados para o caso estão: Azitromicina, Claritromicina ou Eritromicina. 

As crianças mais velhas e adultos podem fazer o tratamento em casa e, além disso, precisam seguir as seguintes recomendações médicas:

  • Manter repouso;
  • Beber muito líquido, como água, sucos naturais e sopas;
  • Fazer refeições pequenas para evitar o vômito;
  • Usar um umidificador de ar no quarto para ajudar a diluir as secreções pulmonares;
  • Evitar agentes irritantes no ar, como fumaça de cigarro e aromatizantes.

Vacinas que ajudam a prevenir a doença

Mesmo sendo uma doença preocupante, principalmente para crianças, a boa notícia é que existem vacinas eficazes, disponíveis no SUS, que ajudam a prevenir a coqueluche. São elas:

  • Pentavalente: para bebês de 2, 4 e 6 meses;
  • DTP: para crianças de 15 meses e 4 anos;
  • dTpa Adulto: indicada para gestantes e puérperas, profissionais de saúde, parteiras tradicionais e estagiários da saúde que atuam em maternidades e unidades de internação neonatal.

Por: Livia D'Ambrosio*
*Analista editorial
Validado por: Dra. Luiza Helena Falleiros Arlant*
**Pediatria - CRM 16185/SP
Fonte: Minha Vida