Ficar muito tempo no celular vendo conteúdos fúteis pode ser uma forma de relaxar, mas acaba causando sérios problemas para a saúde do cérebro
Você já se pegou rolando o feed sem parar, assistindo vídeos, memes e outros conteúdos nas redes sociais, e nem percebeu que passou horas fazendo isso? Se sim, saiba que você não está sozinho.
Estamos sendo constantemente bombardeados por uma avalanche de informações, muitas delas irrelevantes, o que pode causar um grande impacto na nossa saúde mental, gerando um novo distúrbio que, segundo pesquisadores, é chamado de “Brainrot”, que significa “podridão cerebral”.
Conversamos com a psicóloga Sirlene Ferreira para entender melhor esse fenômeno, seus sintomas e como podemos proteger a nossa mente em meio a tanta distração virtual.
O que é o distúrbio Brainrot, também conhecido como “podridão cerebral”
De acordo com a psicóloga, Brainrot, traduzido para o português como “podridão cerebral”, é um termo que descreve o consumo excessivo de conteúdo inútil, ou seja, conteúdos que não contribuem para o enriquecimento pessoal ou intelectual.
“Muitas pessoas passam horas na internet e nas redes sociais consumindo materiais fúteis, como fofocas, mentiras, memes e entretenimento sem valor informativo. Esse comportamento pode levar a um estado de distração constante e falta de foco”, explicou Sirlene.
Entenda os sintomas do distúrbio Brainrot
Esse termo foi adotado por pesquisadores para debater o impacto que o consumo excessivo de conteúdos considerados de baixa qualidade na internet tem sobre o sistema cognitivo humano. Esses conteúdos seriam responsáveis por diminuir o poder de concentração, inibir a criatividade e impactar o pensamento crítico.
Sirlene listou quais são os sintomas do Brainrot:
- Dificuldade de concentração;
- Problemas de comunicação;
- Fadiga mental;
- Insônia;
- Ansiedade;
- Dificuldades em manter conversas sobre conhecimentos gerais.
Como podemos evitar ou diminuir esse distúrbio?
Se você se identificou com algum desses sintomas de Brainrot, não se preocupe! A psicóloga conta que existem várias estratégias que podem ajudar a aliviar os efeitos desse distúrbio.
“Minha sugestão é adotar um filtro sobre os assuntos que você consome online. Tente evitar passar muitas horas em frente às telas e use esse tempo para consumir conteúdos que realmente agreguem valor e conhecimento. Além disso, é importante estabelecer limites para o tempo gasto nas redes sociais e priorizar atividades que promovam o bem-estar mental”, recomendou.
Validado por: Sirlene Ferreira*
*Psicologia - CRP 0664773/RJ
Por: Livia D'Ambrosio**
**Analista editorial
Fonte: Minha Vida