Condição, que afeta 38% da população brasileira, pode ser tratado com diferentes técnicas
É muito comum ver pacientes que sofrem com varizes acharem que a única forma de tratamento é a cirurgia. Afinal, essa condição é constantemente associada a uma sala de cirurgia, meias de compressão e uma recuperação dolorosa. Mas graças ao avanço da medicina, não é mais assim.
A cirurgia ainda é comum e necessária para casos mais avançados, mas alternativas menos invasivas e igualmente eficazes têm ganhado destaque nos últimos anos. O que é ótimo e ajuda a atender uma parcela significativa da população, já que segundo o levantamento da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), esse problema afeta cerca de 38% da população adulta brasileira.
Escleroterapia com espuma - Este tratamento é rápido, praticamente indolor e pode ser feito em consultório. Neste tratamento, uma substância esclerosante em forma de espuma é injetada diretamente nas veias afetadas. A espuma causa uma irritação na parede da veia, fazendo com que ela se feche e, eventualmente, seja reabsorvida pelo corpo. O procedimento é bastante simples e o paciente pode retomar suas atividades logo após a sessão.
Laser transdérmico - O laser transdérmico é especialmente eficaz para varizes menores e vasinhos. Este tratamento é minimamente invasivo e utiliza a energia do laser para tratar as veias afetadas.
Durante o procedimento, o laser é aplicado diretamente sobre a pele, atingindo as veias problemáticas. A energia do laser faz com que as veias se fechem e sejam reabsorvidas pelo corpo ao longo do tempo.
Embora possa haver um leve desconforto durante a sessão, o laser transdérmico não requer cortes ou incisões, o que significa que não há cicatrizes.
Associação de técnicas: laser e aplicação na mesma sessão - Por fim, a combinação de técnicas é uma excelente abordagem. Em uma única sessão, é possível utilizar tanto o laser quanto a escleroterapia para potencializar os resultados.
A vantagem da combinação desta abordagem é que, ao utilizar duas técnicas simultaneamente, é possível obter um resultado mais completo, duradouro e mais satisfatório.
E o melhor é que não é necessário fazer cortes ou incisões, ou seja, paciente sem cicatrizes! Tudo é feito de maneira minimamente invasiva, e o tempo de recuperação é bastante curto.
Por fim, sempre reforço que uma avaliação completa realizada com o médico de confiança e exames complementares são imprescindíveis para a definição do tratamento. Além disso, a prática de exercícios físicos, bem como uma alimentação saudável devem ser adotados para uma melhor qualidade de vida sem intervenções médicas e cirúrgicas.
Por: Dra. Carolina Mardegan*
*Cirurgia Vascular - CRM 155653/SP
Fonte: Minha Vida