O remédio "mágico" que dá foco e é usado para aumentar desempenho no trabalho

Uso indiscriminado do medicamento pode trazer diversos riscos a saúde; entenda mais


Foto: Freepik

O Venvanse, fabricado pelo laboratório Takeda, é um medicamento prescrito para o tratamento de condições como o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), narcolepsia e do transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP). No entanto, seu uso tem se popularizado para outros fins.

Pessoas sem qualquer diagnóstico têm utilizado o remédio com o objetivo de aumentar a capacidade de concentração e melhorar seu desempenho, seja no mundo corporativo ou para os estudos. 

Entenda como a medicação age e quais são os riscos do seu uso sem prescrição médica.

Como o Venvanse age?

O Venvanse possui lisdexanfetamina, substância que ao ser absorvida pelo organismo se transforma no princípio ativo do medicamento, a dextroanfetamina, que por sua vez bloqueia a receptação e facilita a liberação dos neurotransmissores noradrenalina e dopamina

“O aumento de dopamina e noradrenalina no lobo pré-frontal dorsolateral é responsável por uma melhora na atenção da pessoa que a toma. O aumento desses neurotransmissores em outras áreas cerebrais como hipotálamo e córtex medial pré-frontal causa uma ativação do sistema nervoso central que pode melhorar sonolência, depressão e fadiga”, explica Júlio Cézar Reis Protásio, médico psiquiatra do Instituto Suassuna. 

Quais são os riscos do uso de Venvanse sem indicação?

O principal risco do uso de Venvanse sem indicação é a dependência, já que possui anfetamina em sua composição. Além disso, o remédio pode provocar diversas crises, como informa o psiquiatra. “Normalmente no paciente com TDAH não é esperado crises de ansiedade, porque esse paciente tem menos dopamina disponível”, esclarece.

Segundo o especialista, entre as condições que podem ser desencadeadas pelo uso indiscriminado do medicamento estão:

  • Ansiedade
  • Perda grave de apetite
  • Aumento ou diminuição da libido
  • Hipertensão
  • Depressão

Validado por: Dr. Júlio Cézar Reis Protásio
*Psiquiatria - CRM 21044/GO
Escrito por: Sabrina Costa
Fonte:
Minha Vida